O que fazem a UE e os Estados Membros relativamente à literacia digital?

Dezembro 7, 2007 at 5:15 pm (Literacia digital) ()

Artigo de
Kerstin Junge, Researcher and Consultant , The Tavistock Institute
Kari Hadjivassiliou, Senior Researcher and Consultant , The Tavistock Institute
in http://www.elearningpapers.eu

Os Estados Membros da UE estabeleceram para si próprios, em 2006, um objectivo ambicioso: reduzir para metade, até 2010, o fosso entre os “grupos em risco” e o cidadão médio no campo da literacia digital. Tendo-se comprometido a transformar a Europa na economia baseada no conhecimento mais competitiva do mundo até ao final do decénio, tornou-se importante garantir que não ficasse ninguém para trás e que os empregadores pudessem recorrer às competências necessárias ao crescimento antecipado da economia.

Com este fim, a UE e os Estados Membros iniciaram a aplicação dum conjunto alargado de medidas no intuito de aumentar os níveis de literacia digital da população europeia. Duma forma geral, as primeiras medidas revelavam uma interpretação funcional da literacia digital que remetia apenas para a capacidade individual em utilizar eficientemente hardware e software. Dirigidas predominantemente a grupos da população identificados pelos dados disponíveis como especialmente afectados pela iliteracia digital (desempregados, deficientes, mulheres e pessoas mais velhas) as medidas centram-se na prestação de competências básicas em TIC e em dotar todos os alunos de competência digital até ao fim do seu percurso escolar.

No entanto, e cada vez mais, o discurso tanto da UE como dos Estados Membros evoluiu para uma interpretação da literacia digital descrita sucintamente como “literacia dos média”. Enquanto tal, abarca agora uma dimensão cognitiva e crítica ausente da interpretação funcional. As iniciativas adoptadas mais recentemente, quer pela Comissão Europeia quer pelos Estados Membros no âmbito do novo programa i2010, caem agora sob a alçada desta interpretação, quando de início a literacia dos média era utilizada apenas em alguns países em relação ao ensino das TIC nas escolas.

Porém, uma interpretação mais sofisticada de literacia digital exige abordagens mais refinadas para medir o que foi alcançado. Um dos grandes desafios num futuro próximo será portanto o de encontrar indicadores menos genéricos e mais capazes de lidar com a diversidade de sujeitos e dos modos de aplicação necessários ao êxito das políticas de literacia digital. Só quando percebermos melhor o que funciona e o que não funciona é que poderemos abrir caminhos para combater a iliteracia digital persistente na Europa dos nossos dias.

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Web 2.0 – A máquina somos nós

Dezembro 2, 2007 at 1:26 pm (Literacia digital, web 2.0) (, )

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Espanhóis já perderam 10 anos de trabalho a gerir e-mail

Dezembro 2, 2007 at 12:08 pm (Literacia, Literacia digital) ()

Os espanhóis acreditam que o correio electrónico permite fazer um melhor trabalho e conciliar o emprego com a vida pessoal, mas a média de horas que dedicam por dia à gestão do seu e-mail é de 2,24 horas, o que significa que já perderam 10 anos de trabalho com a tarefa. Segundo os directores, ouvidos durante o estudo, a metade das mensagens que as pessoas recebem são inúteis, de onde se pode concluir que cinco anos de trabalho foram perdidos com tarefas desnecessárias, só com esse meio de comunicação.

«As pessoas esperam receber, em menos de cinco minutos, uma resposta a uma mensagem, quando o certo é que o sistema não se inventou para esse tipo de diálogo», afirma o director da Plantronics, Philip Vanhoutte, acrescentando que os utilizadores não têm recebido formação sobre como utilizar o correio electrónico.

Por outro lado, o e-mail é uma «fantástica ferramenta para cobrirmos as falhas e servir de desculpa» para quando não se cumprem as tarefas recebidas», ironizou o responsável.

FONTE: Diário Digital, 29-11-2007

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